Avião da "Sol", empresa aérea da Argentina |
Membros da Defesa Civil, policiais e bombeiros iniciaram nesta quinta-feira (19) os trabalhos de resgate dos corpos dos 22 mortos em consequência da queda de um avião comercial em uma região afastada da Patagônia argentina, informou a companhia aérea. As equipes "continuam trabalhando na área realizando operações de resgate dos corpos", indica um comunicado da companhia argentina Sol, responsável pela aeronave que caiu em uma área inóspita da província de Río Negro.
O avião, um SAAB 340 com capacidade para 34 passageiros, caiu na noite desta quarta-feira na região de Prahuaniyeu, vizinha à cidade dos Menucos (1.387 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires), quando voava a uma altura muito baixa, segundo testemunhas. O avião havia decolado na província de Neuquén às 20h08 do horário local (mesmo de Brasília) da quarta-feira para cumprir o último lance com destino à cidade patagônica de Comodoro Rivadavia, mas às 20h50 estabeleceu o último contato informando que havia uma emergência.
O acidente, que em princípio foi atribuído à acumulação de gelo nas asas e aerofólios do avião, tirou a vida dos 19 passageiros, entre eles uma jovem de 20 anos e seu bebê de 10 meses, e três tripulantes da companhia aérea, que resolveu suspender seus voos no sul do país nesta quinta-feira. A empresa esclareceu no comunicado que, "diante de alguns episódios inexatos e falsos, reitera que até o momento não existe evidência alguma sobre as causas do acidente que será investigado oportunamente pela Junta de Acidentes da Administração Nacional de Aviação Civil".
"É imprudente falar das causas desta tragédia: é preciso esperar as perícias técnicas tanto da Junta de Acidentes Aeronáuticos como da SAAB, a fabricante sueca do avião", ressaltou aos jornalistas Carlos Rinzelli, diretor do sindicato de pilotos. "É preciso esperar pelo menos dois meses para ter um julgamento certo do ocorrido, avaliar as circunstâncias. Os aviões que estão voando cumprem com todas as medidas de segurança", declarou o sindicalista. Também compareceram à área do acidente a prefeita de Menucos, Mabel Yahuar, e funcionários do município, que comprovaram que não houve sobreviventes.
O local da tragédia, onde operam cerca de 60 bombeiros e membros da Defesa Civil, foi cercado para que os peritos possam concluir seu trabalho. A empresa Sol se dedica aos voos regionais que não são cobertos pelas grandes companhias aéreas e o avião se dirigia à cidade de Comodoro Rivadavia, no extremo sul da Argentina, depois de escalas em localidades do oeste, centro e sudoeste do país.
EFE, Em Buenos Aires
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