Guiné Equatorial é um dos paraísos da zona ocidental da África. Está cheia de mistérios da natureza e da humanidade. Ali coexistem grandes extensões florestais banhadas por caudalosos rios, que desembocam no mar, passando por montanhas, elevações, precipitações e cascatas de água. A riqueza da fauna e flora selvagens, unida aos tradicionais costumes de povoações tribais, denota ao território uma magia indescritível. Um conjunto de milagres naturais, que encontra-se quase como oásis, os avanços das zonas urbanas, cheias das histórias de crenças místicas e dominações coloniais.
O território que corresponde a Guiné Equatorial está situado ao ocidente da zona equatorial da África. Tem uma superfície de 28,050 km2 a extender-se em uma zona insular compreendida pelas ilhas Bioco, Annobão, Carisco, Evobye Chico e Egobey Grande, e uma zona continental rodeada dos países de Camerúm ao norte e Gabão no resto de seus limites geográficos do sul e leste. A capital encontra-se na ilha de Bioco situada ao sudoeste de Camerúm e recebe o nome de Malabo.
A fisionomia do país é, na zona insular, de aspecto vulcânico. É comum ver zonas de relevos íngremes com profundos vales de rios curtos e abundantes cascatas. O lado continental é formado por uma antiga planície elevada granítica desde a costa atlântica até o maciço de Adamawa ao norte, até o maciço angolês ao sul e até o rio Congo a oeste.
O clima é tropical com grandes épocas de chuva entre abril e janeiro. A temperatura é normalmente muito alta e estável, com altos graus de umidade, contexto propício para que frutifiquem as plantações de café, cacau, banana e palmas azeiteiras. Existem árvores madereiras (okume, sapeli, ukola, aloma, bakapí, calabó, ébano, moreira e pau vermelho), plantas frutíferas (mamão, manga, abacate), tubérculos (malanga cubana, malanga bubi e mandioca), plantas medicinais (bitalif, cássia de asas, contrití, pau amarelo, etc.)
Existem abundantes zonas florestais e uma grande diversidade de vida selvagem em meio da qual convivem comunidades tribais. A fauna está conformada por macacos, cobras, porco-espinhos, pequenos veados, pangolins, leopardos, gorilas, elefantes, tartarugas, lagartos, crocodilos, águias, abutres, morcegos, ardilas, hipopótamos, queixadas, etc.
Nos arquivos da história ocidental aparece Guiné Equatorial logo que os portugueses descobriram seus territórios no século XV. Em 1470 é descoberta a ilha de Carisco e dois anos depois a ilha de Annobão. Esse mesmo ano Fernando Po batiza como "Fermosa" à ilha que depois levaria seu nome e que atualmente conhece-se com o nome de Bioco.
A relação com Espanha começa a partir de 1582, quando Portugal é anexado para a coroa de Felipe II. Com a independência dos portugueses, em 1648, essa zona volta a estar sob seu domínio. Após 130 anos, assina-se o Tratado de El Pardo em 24 de março de 1778 entre espanhóis e portugueses e combina-se levar à Espanha os territórios do Golfo de Guiné. Assim, acontece em 21 de outubro desse ano, levantam a fragata Santa Catalina e o bergantím Santiago sob mando do brigadier Conde dos Arguelejos. O comando ataca a Baia de Fernando Po (atual Lubá) e apodera-se da região.
Os artesãos da tribo fang realizam basicamente estátuas de madeira do culto aos antepassados "bieri" e máscaras das sociedades asiáticas "so" e "nguíi". O tema geralmente é o antepassado em meditação. Os personagens se apresentam nús e com rosto pensativo, braços cruzados sobre o peito e um recipente de oferenda nas mãos. As máscaras foram usadas no "Ngoam Ntangan", um tipo de ritual satírico contra o branco colonizador.
Conhecida como a "formosa" Bioco, esta ilha acolhe em suas terras à cadeia vulcânica que nasce no Monte Camerúm e chega até Annobão. Seu solo é escarpado e cheio de caldeiras, lagos e vulcões inativos. A vegetação do território é tão extensa que chega até a beira do mar, constituindo um dos mais formosos lugares do Golfo de Guiné. A cidade de Malabo, capital do país, está lotada de formosos edifícios coloniais da época inglesa, quando chamava-se Port Clarence e dos tempos de domínio espanhol, quando era Santa Isabel. Aqui existe a única igreja de todo o continente africano de imitação neo gótica na Praça da Independência, em cujos bancos se reproduzem atividades cotidianas da época em barro.
Não muito longe encontra-se o Centro Cultural Hispânico Guineano, onde realizam-se as principais atividades artísticas do país. Mais adiante encontra-se o Centro Cultural Francês que também é uma casa dedicada a atividades culturais.
Os bairros da periféria da cidade são atrativos pela vida noturna. Bairros Os Anjos e Ela Ngema são uma clara mostra da alegria dos lugarenhos. A Rua de Niegria é a mais ativa quanto a bares, restaurantes e discotecas.
Na gastronomia de Guiné Equatorial pode-se encontrar pratos tanto de cozinha européia como de comida tradicional. Entre os pratos típicos da zona está o Pepesup, uma sopa de peixe muito picante e o frango com chocolate, a ave guisada no molho de uma semente de gosto particular. Come-se com regularidade animais como o pangolím, o porco-espinho, o tucano, o veado e animais da selva em geral. Também se consome peixe, marisco e diversas frutas tropicais.
A população de Guiné Equatorial é de 443.000 habitantes e está composta por três grandes etnias localizadas em áreas concretas do país. Os fang constituem 80% da população e, obviamente, são a tribo maioritária. Eles extendem-se por toda a região continental fazem séculos, mas na atual idade também conta com um importante número de membros na ilha de Bioco, zona onde residem os componentes da segunda etnia em extensão, os bubis. Em terceiro lugar está a etnia ndowe, que habita maioritariamente na zona costeira do continente e as ilhas do estuário. Outros grupos estão constituidos pelas etnias kombe, balengue, bujeba, bapuku, baseke, buico e bayele.
Os costumes estão estreitamente relacionados com o grupo tribal, que pertecem os povoadores. Os fang realizam cultivos do tipo nômade e praticam a caça mediante armadilhas para animais pequenos e com armas para animais de maior envergadura. A pesca fluvial é realizada pelas mulheres.
Os bubis criam animais domésticos para sua alimentação. Nas povoações não pode entrar ninguém que não pertença à família. Cada povoado tem vinte ou trinta agrupações. Há moradas destinadas a receber visitas e caracterizam-se por ter um grande número de portas, outras estão destinadas a ser cozinhas, currais, etc. O caminho de acesso está enquadrado por arcos rudimentares, no centro da praça acha-se a "casa da palavra" ("wetcha" em bubi). Os ndowe são os que têm mais influência européia. Sua principal atividade é a pesca e são muito bons navegantes. Constroem suas embarcações ou "caiucos" esvaziando o interior de um pau grosso, para ir dando forma pouco a pouco a um casco, para ser impulsionado com remos de madeira ou uma vela.
Existem muitos bares onde não faltam bebidas com o "pica-pica" (acompanhamento de comida servido com a bebida). Também há discotecas de diversos estilos que completam a vida noturna da Guiné Equatorial. Desde os primeiros dias de agosto e durante seis meses aproximadamente, celebra-se na cidade de Bra a "ferial", consistente na construção de mais de cem "casetas" (bares tradicionais) adosados. Concorrem entre si quanto à música e o serviço que oferecem. Em Malabo a ferial instala-se de 12 de outubro à 6 de janeiro.
Do Portal São Francisco
Bem gostaria de saber as danças que tem neste pais para uma pesquisa da escola tem como escrever quais são ?
ResponderExcluirqueria saber sobre as comidas típicas
ResponderExcluirfruta típica??
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