Chile: Protesto reúne 40 mil em Santiago contra represas na Patagônia
Embora a manifestação tenha transcorrido de forma pacífica e sob ambiente festivo, ao seu fim um grupo minoritário destruiu propriedades públicas e protagonizou enfrentamentos com carabineiros, que usaram canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersá-los. Os manifestantes, convocados por grupos ambientalistas através das redes sociais, se concentraram na Praça Itália, centro da capital, e marcharam até o palácio presidencial de La Moneda.
A manifestação desta sexta-feira foi a maior das convocadas até o momento contra o projeto HidroAysén. Outro protesto similar, realizado na última sexta-feira em Santiago, reuniu em torno de 30 mil pessoas. Os presentes, em sua maioria jovens, cantavam nesta sexta-feira palavras de ordem contra o governo do presidente Sebastián Piñera e o projeto HidroAysén.
Manifestações contrárias ao projeto acontecem quase diariamente em todo o país desde que em 9 de maio uma comissão de autoridades governamentais aprovou o estudo de impacto ambiental do HidroAysén, que, segundo uma enquete do diário "La Tercera", é rejeitado por 74% dos chilenos. Também houve protestos em outras cidades do país, como Concepción, Valparaíso, Viña del Mar, Chillán, Valdivia, Osorno e Iquique, onde foi detido o deputado comunista Hugo Gutiérrez.
Além das localidades chilenas, manifestações foram marcadas em cidades do Brasil, França, Espanha, Alemanha, Bélgica Argentina, Bolívia e Estados Unidos, entre outros países. O megaprojeto HidroAysén, idealizado em 2006, terá investimentos de US$ 3,2 bilhões e precisará inundar 4.010 hectares da Patagônia chilena, em uma área de grande valor ecológico.
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Espanha: Manifestantes desafiam proibição e seguem acampados em Madri
A Comissão Eleitoral da Espanha ordenou que os manifestantes deixassem a área antes de eleições locais, marcadas para este domingo. A proibição entrou em vigor à meia-noite, mas as multidões continuaram no local, e a polícia não entrou em ação para desmobilizar o protesto. A manifestação começou há seis dias na praça Puerta del Sol, de Madri, com jovens espanhóis sentando-se e preparando acampamento no local, para protestar contra o índice de 45% de desemprego entre a população jovem do país. A multidão cresceu na capital, e os protestos se espalharam para cidades ao redor da Espanha.
Os manifestantes pedem emprego, melhores condições de vida, um sistema democrático mais justo e mudanças nos planos de austeridade do governo socialista espanhol. "Eles querem nos deixar sem saúde pública, sem educação pública, metade de nossos jovens está desempregada, eles aumentaram a idade para a aposentadoria também", disse a manifestante Natividad Garcia. "Isso é um ataque contra o pouco Estado de bem-estar social que temos".
Reportagens da EFE e da BBC Brasil
Podemos observar que los dos países están en un momento muy delicado, esperamos que la democracia prevalezca en estos casos!
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