domingo, 15 de maio de 2011

"Independencia de la América Española" Parte I: As coisas Mudaram

Todas as classes plantaram a árvore da liberdade pela independência, mas os frutos mais suculentos ficaram com a elite criolla (proprietários brancos nascidos na colônia). Imagem: Padre Hidalgo, Mural da Independência, 1961, de Juan O'Gorman.


Ao longo das semanas,  vamos postar um capítulo do livro "Nova História Crítica de Mario Shmidt" sobre a independência da américa hispânica, um fato importantíssimo a ser estudado, este conteúdo faz parte da grade curricular do 2º ano do ensino médio e consequentemente deve ser cobrado no PAS - 2ª etapa e no vestibular da UnB. Além disso, os fatos históricos refletem na cultura até aos dias de hoje. "Vamos a estudiar!"

Nas duas primeiras décadas do século XIX, grande parte dos povos da América se levantou contra o domínio colonial e criou países independentes. Quem conhece a história da Independência do Brasil percebe logo como essas independências em nosso continente tinham muito em comum com a nossa: crescimento econômico da colônia, sufoco do monopólio colonial, ideais de autonomia inspirados pela Ilustração, o exemplo da Independência dos EUA, o interesse que a burguesia inglesa tinha em abrir novos mercados... Depois, as guerras napoleônicas chacoalhando a Europa, Espanha e Portugal invadidos pelos franceses bonapartistas, colônias sentindo o gostinho da autonomia. E também muitas desssemelhanças.

CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL

No final do séc. XVIII e no começo do séc. XIX, aqui na América, as contradições entre a metrópole e a colônia tinham se tornado insuportaveis. Era a crise no antigo sistema colonial. Vimos que a economia das colônias espanholas não era mero apêndice da metrópole. Nem tudo que acontecia na colônia era por ordem direta da metrópole. Nem tudo que acontecia na colônia funcionava do seu próprio jeito. A estrutura econômica colonial favorecia as classes superiores da América.

Elas é que se empenhavam em reproduzir aquela estrutura.
Na Europa entre os séc. XVI e XVII, os Estados tinham agido de acordo com ideais mercantilistas. Não impunham  o que iria ser produzido, mais regulamentavam a produção, com proibições, limites, impostos e também incentivos e certas liberdades. Acontecia de forma semelhante na colonização mercantilista da América.

Bem, o que aconteceu, então?  As colônias tinham se desenvolvido. A produção econômica, a população, as comunicações, tudo crescia. E tinha se ampliado tanto que no final do séc. XVIII o sistema colonial estava se tornando um impedimento para novos crescimentos. Os colonos queriam negociar com outros países, em vez de exclusivamente com a Espanha, que vivia o declínio econômico. E, certamente, não suportavam a carga de tributos cobrados pela metrópole que cresciam sem parar.

Esperar el siguiente texto!

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