sexta-feira, 17 de junho de 2011

Prisão na Venezuela tem piscina, reggaeton e mesa de bilhar

Nos fins de semana, o ambiente em seu interior, repleto de esposas, parceiras românticas e pessoas que simplesmente aparecem à procura de diversão, quase lembra o dos resorts praianos da ilha 
Do lado de fora, o presídio de San Antonio, em Ilha Margarita, parece como qualquer outra penitenciária venezuelana. Soldados em uniformes verdes montam guarda em seus portões. Atiradores vigiam das torres. Os guardas lançam olhares ameaçadores aos visitantes antes de revistá-los na entrada.

Mas uma vez lá dentro, o presídio para mais de 2 mil venezuelanos e estrangeiros presos por tráfico de drogas mais parece um local de prazeres inspirado em Hugh Hefner do que um cercado para traficantes embrutecidos. Visitantes do sexo feminino trajando biquínis se divertem sob o sol caribenho na piscina ao ar livre. O cheiro de maconha toma o ar. Reggaeton toca em uma boate cheia de casais se esfregando. Pinturas com o logo da Playboy adornam a sala de bilhar. Os presos e seus convidados se acotovelam para apostar na ruidosa arena de briga de galos do presídio.

“Os presos venezuelanos comandam o show aqui, o que torna a vida aqui dentro um pouco mais fácil para todos nós”, disse Fernando Acosta, um piloto mexicano de 58 anos, preso desde 2007. Seu companheiro de cela, um empresário congolês, o contratou para pilotar um jato Gulfstream que os promotores os acusam de planejar usar para contrabandear 2 toneladas de cocaína para o Oeste da África.

O governo da Venezuela reconhece os problemas dentro de seus presídios, onde as brigas entre gangues controladas por prans como Rodriguez contribuem para um grande número de mortes.
Por Simon Romero, do  "The New York Times"

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