Estudante é preso durante manifestação por melhorias no sistema educacional chileno; cerca de 15 mil protestaram |
Cerca de 15 mil estudantes se manifestaram nesta quarta-feira nas ruas do centro de Santiago para exigir melhorias no sistema educativo do país, assim como mais facilidades para o financiamento de seus estudos universitários. O Colégio de Professores e a Associação Nacional dos Funcionários Fiscais aderiram aos protestos, e suas exigências receberam o apoio da Universidade de Santiago do Chile e da Universidade do Chile.
"As universidades públicas, que realizam ensino de boa qualidade e pesquisa no Chile, estão há anos aguardando por um tratamento justo,e a verdade é que não queremos continuar esperando enquanto os sonhos e ideais de gerações de chilenos são frustrados", disse o reitor da Universidade do Chile, Víctor Pérez Vera, em um comunicado.
A manifestação ocorreu de forma pacífica, segundo a polícia. No entanto, na região do Ministério da Educação, um grupo de manifestantes protagonizou distúrbios, sendo contidos por jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo lançados pelas forças de segurança. A Confederação dos Estudantes do Chile (Confech) quer ampliar o acesso à educação universitária e facilitar o financiamento dos estudos por meio da concessão de bolsas e créditos, de acordo com a representante da Federação dos Estudantes da Universidad do Chile, Camila Vallejos.
Os estudantes denunciam a falta de financiamento das universidades públicas e a pouca regulamentação das universidades privadas. Uma drástica redução dos recursos, ocorrida durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), e a ampla privatização do setor educativo são apontados como as principais causas dos maus resultados.
Da Folha de São Paulo
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