O chefe das Forças Armadas da Venezuela disse não haver nenhuma ameaça à ordem constitucional no país depois que o presidente Hugo Chávez revelou ter sido submetido a uma cirurgia para tratar de um câncer, em uma notícia que abalou o sistema político que ele comanda desde 1999.
Buscando afastar qualquer rumor de instabilidade ou conflitos internos na Venezuela durante a ausência de Chávez, que está sendo tratado em Cuba, o general Henry Rangel Silva afirmou que o presidente estava se recuperando "satisfatoriamente" e voltaria "em breve" para casa.
"Temos visto nosso comandante mais magro do que de costume, mas ainda está de pé. A verdade é que ele está melhorando, está bem", disse Rangel à TV estatal, acrescentando que Chávez ainda está comandando o governo. "O país está calmo."
"Os membros da Força Armada têm essa convicção democrática que nos levou a manter essa condição de instituição fiadora da Constituição Nacional", enfatizou o chefe do Comando Estratégico Operacional (CEO) da FANB em declarações à televisão estatal.
Apesar de reconhecer que sempre haverá antichavistas subversivos nas fileiras militares, ele destacou que os organismos militares de inteligência "não detectaram" até agora que alguém tenha incitado ao motim, por isso não haveria "ameaça à ordem constitucional do país".
Pronunciamento: O presidente Chávez, 56, geralmente animado, confirmou em um discurso austero na quinta-feira que foi submetido a uma cirurgia em Cuba para retirar um tumor cancerígeno e está recebendo mais tratamento.
Henry Rangel Silva |
"A Constituição será garantida", diz chefe do exército venezuelano: O chefe do Exército da Venezuela, Henry Rangel Silva, afirmou nesta sexta-feira que as Forças Armadas irão garantir a Constituição venezuelana e que o país estava calmo depois da revelação de que o presidente Hugo Chávez estava com câncer. Segundo o chefe do Exército, Chávez continuou governando a Venezuela de Cuba, onde está sendo tratado. Rangel Silva ainda disse que o presidente estava se recuperando "satisfatoriamente" da cirurgia e que voltaria para o país logo.
Da Folha de São Paulo
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