quinta-feira, 21 de julho de 2011

Presidente consegue condenação de jornal crítico ao governo no Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, conseguiu uma dura condenação judicial por injúria contra os donos do tradicional jornal de Guaiaquil, "El Universo", como parte de uma ofensiva contra a grande imprensa do país, à qual acusa de "corrupção" e de conspirar contra seu governo.

Um magistrado de jurisdição de primeira instância sentenciou, nesta quarta-feira (21), a três anos de prisão e ao pagamento de US$ 40 milhões a título de indenização o diretor do jornal, César Pérez, os subdiretores Carlos e Nicolás Pérez, e o ex-editor de opinião Emilio Palacio, por um artigo escrito por este, no dia 6 de fevereiro.

O presidente do Equador, Rafael Correa, conseguiu uma dura condenação judicial por injúria contra os donos do tradicional jornal de Guaiaquil, "El Universo", como parte de uma ofensiva contra a grande imprensa do país, à qual acusa de "corrupção" e de conspirar contra seu governo.

¿Dónde está la libertad de prensa?

Um magistrado de jurisdição de primeira instância sentenciou, nesta quarta-feira (21), a três anos de prisão e ao pagamento de US$ 40 milhões a título de indenização o diretor do jornal, César Pérez, os subdiretores Carlos e Nicolás Pérez, e o ex-editor de opinião Emilio Palacio, por um artigo escrito por este, no dia 6 de fevereiro.

Ambas as partes anunciaram nesta quinta-feira que vão apelar da sentença, pelo que ficaram suspensas a ordem de prisão e o pagamento em dinheiro: US$ 30 milhões por parte dos condenados e US$ 10 milhões por conta do jornal.

Correa também vai apelar, para exigir os US$ 80 milhões que pediu inicialmente, afirmando, no entanto, que não ficará com "um centavo" sequer do dinheiro. "É um marco histórico, acabou-se com o mito da imprensa onipotente que pode fazer o que quiser", disse. Correa, acrescentando que também foi dado um fim à "estratégia de permitir que um desclassificado injurie alguém" impunemente, acrescentou.

César Pérez, diretor do jornal de Guaiaquil - capital econômica do Equador e cidade mais povoada do país, com 3,6 milhões de habitantes, fundado há 90 anos - afirmou que a sentença, rejeitada por várias organizações internacionais, "foi para nos calar". O juiz "quer fazer com que trememamos a mão ao escrever sobre a corrupção e cair no pior, a autocensura", afirmou.
Da France Presse

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