Convertida em motor de um megaprojeto governamental, a crise de moradia na Venezuela antecipou o clima de campanha eleitoral no país, apesar de as eleições presidenciais estarem previstas só para o ano que vem.
No pleito, o presidente venezuelano Hugo Chávez, há 12 anos no poder, disputará seu terceiro mandato presidencial. A "missão moradia", ambicioso programa social lançado por Chávez há duas semanas, promete entregar 150 mil casas neste ano e solucionar o deficit de 2 milhões de moradias do país até 2017.
"Esse é o desafio e vamos cumprir, mas temos que fazer um esforço muito grande", afirmou Chávez. "Mais do que construir casas, se trata da qualidade, de um novo habitat, uma nova vida", acrescentou.
Na opinião de analistas políticos ouvidos pela BBC Brasil, Chávez busca recuperar pelo menos 2 milhões de votos perdidos entre as eleições presidenciais de 2007 e as parlamentares do ano passado. "O governo tem um interesse particular em resolver o problema, que sem dúvida ameaça a recuperação da popularidade de Chávez", afirmou o analista político Luis Vicente León, presidente da consultoria Datanalisis.
CLAUDIA JARDIM
DE CARACAS PARA A BBC BRASIL
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