De um lado, em nove dias, 300 mil pessoas visitaram a feira. De outro, o time de chefs-celebridade em oficinas, palestras e workshops reúne os mais reluzentes nomes, liderados pelo espanhol Ferran Adrià e pelo peruano Gastón Acurio para discutir o futuro da cozinha.
Nem os 28 chefs aclamados (entre eles os brasileiros Alex Atala e Mara Salles), nem os pratos de grandes restaurantes peruanos, que na feira são vendidos a 12 soles (R$ 7,50), tiram o foco do sabor apresentado pelos campesinos.
É a comida de rua, preparada por centenas de cozinheiros que também fazem parte da agenda oficial do Mistura, gente do interior e da serra peruana, o grande destaque do evento, que acontece até o dia 18 no Parque de la Exposición de Lima.
Todos querem provar, por exemplo, o coração de boi na barraca da dona Grimanesa Vargas, 70. Outra barraca das mais animadas é a do seu Jorge, que faz pachamanca (carnes de porco e de frango preparadas em panelas de barro enterradas no chão).
O grande mérito do Mistura não são os milhares de visitantes. Nem as dezenas de chefs-celebridade. Ou, isoladamente, as centenas de cozinheiros campesinos. Seu grande segredo é a junção do erudito e do popular de forma equilibrada e saborosa.
A jornalista PRISCILA PASTRE-ROSSI viajou a convite da Taca, da PromPerú e do restaurante La Mar, de São Paulo
Da Folha de São Paulo
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