terça-feira, 25 de outubro de 2011

Governo do Equador aposta em expertise de professores da UnB


A excelência da Universidade de Brasília no conhecimento sobre biodiversidade atraiu dois ministros do Equador. Guillermo Solórzano, do Conhecimento e Talento Humano, e René Ramirez, do Planejamento, propuseram ao reitor José Geraldo de Sousa Junior um acordo de cooperação com instituições de ensino superior equatorianas para troca de conhecimentos. “Estamos interessados, em especial, nos campos da ecologia, antropologia e geociências”, afirmou Guillermo durante encontro, nesta terça, 25 de outubro.

Segundo o ministro, o conhecimento desenvolvido no Brasil sobre biodiversidade é estratégico no Equador. “Lá nos temos quatro biomas principais: as ilhas Galápagos, a costa do oceano pacífico, as montanhas dos Andes e a floresta amazônica”, conta. “As parcerias com a UnB podem nos ajudar a descobrir como explorar e aproveitar essas riquezas”.

O reitor destacou o interesse da UnB na aproximação com os países latino-americanos. “As universidades da América Espanhola são bem mais antigas do que as brasileiras. Temos muito a aprender com elas”, disse.

Ana Flávia Granja e Barros, assessora de assuntos internacionais da UnB, destacou que os contatos com os professores das áreas de interesse já começaram a ser feitos. “Vamos conversar pessoalmente com os pesquisadores que possam se interessar pelas parcerias”.

A assessora propôs como forma de aproximação entre os especialistas dos dois países a realização de acordos de co-tutela. “Esses acordos permitem que a mesma tese possam ser orientada por professores de dois países diferentes”, explica. “No final, o estudante recebe um diploma dos dois países”. Segundo Ana Flávia, a universidade tem 20 projetos como esse, a maioria com universidades francesas. Ela defende que, além de permitir que os estudantes conheçam universidades estrangeiras, o programa é uma oportunidade para a realização de pesquisas em conjunto entre duas instituições. “Eles funcionam muito bem, queremos ampliar esses acordos também com as universidades latino-americanas”.

PESQUISA – Para Guillermo, os acordos podem ajudar a consolidar a pós-graduação do país. “Estamos reestruturando nossos programas de doutorado e esse tipo de parceria será estratégica”, afirmou.

Os ministros também ficaram interessados no intercâmbio de estudantes entre as instituições dos dois países. “Nesse caso, temos vagas reservadas em algumas unidades para estudantes estrangeiros”, explicou Ana Flávia. Segundo a assessora, fazer um acordo entre duas universidades também é um caminho possível. “Esses acordos prevêem também o intercâmbio entre as instituições”, explica.

Francisco Brasileiro - Da Secretaria de Comunicação da UnB

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